Projeto de Filosofia do curso de Jornalismo da Faculdade Casper Libero
(1ºJOD)
Professor Dr. Dimas Künsch

Ignorantes

Histórico

sábado, 12 de maio de 2007

Eu, Robô

Não vou falar do blockbuster do Will Smith (provavelmente o número um no ranking das demonstrações telões de alta definição nas lojas de eletrônicos) mas do livro de Isaac Asimov, de quem o referido filme tomou emprestado o título e pouca coisa mais.

Asimov (1920-92) foi bioquímico com Ph.D. em Columbia e um cultuadíssimo autor de ficção científica conhecido por incluir conceitos científicos complexos explicados de forma acessível em suas histórias. Criou um universo próprio para suas narrativas onde a humanidade convive com diversos tipos de robôs equipados com cérebros positrônicos (que funcionariam como o cérebro humano porém com capacidade de processamento violentamente superior). Nas histórias do cientista os robôs têm seu livre arbítrio limitado pelas suas famosas três leis da robótica:
  1. Um robô não pode fazer mal a um ser humano nem lhe deixar algum mal acontecer;
  2. Um robô deve obedecer às ordens dos seres humanos;
  3. Um robô deve defendera si próprio.
  • (As leis da robótica não se aplicam quando entram em conflito com outra precedente)
Eu, Robô (1950) é um livro de contos que narram a evolução dos robôs desde as primeiras máquinas, num tempo próximo ao nosso, até um futuro próximo onde a existência humana é radicalmente afetada e até condicionada à existência de supercomputadores conscientes e capazes de aparentemente qualquer coisa.
Cada conto do livro é um pequeno quebra-cabeça lógico sempre relacionado com as três leis, em todos são explorados tanto princípios científicos como comportamentos humanos. Listei alguns dos interessantes personagens dos contos:
  • QT-1 (Cutie): Criado para trabalhar numa usina de energia no espaço, Cutie começou a questionar sobre sua origem e razão da sua existência, concluindo que algum ser superior o havia certamente criado. A esse ser desconhecido chamou de Mestre (ou Senhor). Ridicularizou os cientistas quando o tentaram fazer entender que tinha sido criado pelos frágeis e intelectualmente limitados seres humanos.
  • RB-34 (Herbie): Devido a um defeito nunca encontrado, Herbie tinha a capacidade de ler pensamentos humanos e, como pelas leis da robótica não podia ferí-los, tornou-se o primeiro robô da história a aprender a mentir.
  • Stephen Byerley: Político de carreira promissora a quem um rival inescrupuloso deseja investigar. A razão: Stephen embora humano é conhecidamente respeitador das três leis da robótica. (Não machuca nenhuma pessoa, obedece as leis e se defende quando ameaçado).
  • Susan Calvin: Susan é o fio condutor do livro, escrito na forma de uma entrevista com esta psicóloga e especialista em robôs. Para ela, os robôs são seres humanos melhorados pela incapacidade (pelas três leis) de praticar o mal.

3 comentários:

AgaGoméz disse...

Acho que o autor do livro já naquela época estava profetizando quão maquinal transformar-se-iam nossas relações. Estava fazendo uma grande alegoria de sua época e possivelmente de um futuro não tão distante. E por eu não ter lido o livro devo estar falando besteira. Você tem esse livro? Empresta ai.
Abraço

Anônimo disse...

Olá Filósofos cibernéticos!!!!!
Somos do 1º JôC, grupo Devaneio Urbano. Nosso blog mudou de endereço. Acessem www.devaneiourben.blogspot.com
Lá vcs encontram notícias, notas sobre as aulas, foto da semana, frase do dia e muito mais....
Beijos
Equipe Devaneio

Anônimo disse...

Bem legal o texto e o tema escolhido.
O Asimov era um gênio mesmo e esse livro (Eu, Robô)é muito bom mesmo. Eu já li a versão maior dele (Nós, Robôs) e achei genial.
Ele, como diria Arthur C Clarke, é o maior escritos de Sci-Fi já escrito (enquanto o Clarke é o maior nas palavras do Asimov).
Muito legal mesmo.

abraços